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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Do Pôr-do-sol



Assistir ao pôr-do-sol é uma experiência reveladora.
Mas assistir não é o mesmo que olhar !
O aparente movimento solar é demonstração inequívoca da mágica relação entre espaço e tempo, das leis naturais.

Tão rápida em nossos relógios, a experiência pode resumir-se ao deslumbramento, reter-se à superfície da visão, não deflagrando mais que admiração, encantamento. Mas o observar mais atento vai além de ver, captar formas e cores, enlevar-se com a cena. Instiga algo mais profundo: planta interrogações adiante das exclamações naturais de beleza.

Aquele ser gigante, não divisável, em luz difusa, toma contornos. Torna-se perceptível como forma geométrica, visível como astro incandescente, em cores fortes. E rapidamente desaparece no horizonte... levando consigo a luz.

Reinava tomando todo o céu, impossível de localizar e, ainda assim, sentido, percebido, poderoso. Em instantes deixa-se ver, nítido... e fugazmente se esconde. Em pouco mais que um piscar d’olhos desaparece, some... estando lá, permanecendo em seu lugar... parecendo não estar.

É física, química, biologia... divindade. O que parece magia resume a existência, retrata mecanismos universais de vida... e morte.

Estamos aqui, encorpados... sendo seres diluídos, luz difusa.
E partimos... ficando. Presentes... invisíveis.


Bommmmm dia !