Viajar
Ah, viajar, sair do cotidiano, conhecer o diferente !... O mundo tem tantas formas, tantas cores, tantas gentes !... Nosso curso de existência faz-se com história e geografia, além do fundamental português, da mínima matemática.
Nossas estórias são escritas, presente por presente, compondo obras, deixando marcos, marcas. Nossas paredes pessoais portam pinturas de diversas épocas. Nossa galeria de vida apresenta acervos de poesia, crônica, música, romance. Contém longas metragens e infinitos curtas de instantes. Um passeio por si, revisitando a própria rota, é já uma aventura.
Que dizer, então, de passear pelo inusitado, pelo inédito, pelo alheio ?! Como abastece esse somar ! O conhecer alimenta, dá vigor. É propulsor, estimulante de movimento e mudanças... dentro e fora de nós. Viagens agregam valor adicionando ainda prazer: uma fórmula suave, delicada, de divertir-se e aprender.
Inúmeros são os lugares, múltiplos os meios. É possível viajar sem deslocar-se, sem sair do lugar, em pensamento, via imaginação. Pode-se viajar em livros, melodias, sabores... quadros, esculturas. É possível viajar por bosques, praças, ruas... atentando às fachadas das casas, aos jardins, às construções. Ao que é estático, ao que se move, ao que existe e até à ausência, o que se foi: tudo tem informação.
Está disposto a uma injeção ? Que tal uma fórmula antiga, dose maciça, concentrada de renovação ? Museus são viagens de condução pessoal em veículos auto-motivos, sem necessidade de habilitação específica. Levam-nos, sem aeroporto, mais longe às vezes que faria o avião. Mantendo-se no espaço, viaja-se no tempo. Na observação de coisas apreende-se sobre seres. Na observação de seres apreendem-se coisas. No conjunto compreende-se melhor o mundo e a própria humanidade.
Ah, viajar: informação e prazer, passeio, aventura... para todas as classes, sem limite de bagagem !
Bommmmm dia !
