Somos fracos... e somos fortes. Alternamos naturalmente esses estados de estar e de sentir. Não somos, em verdade, nem uma coisa nem outra, mas as duas. Orgulhamo-nos da segunda, evitamos a admissão da primeira. Por quê ? Fomos criados assim.
Valorizamos algumas características fugindo de outras, sem perceber que são apenas faces opostas da mesma moeda e se completam. Tendemos a enxergar na fragilidade apenas seus deméritos sem nos darmos conta das portas que abre, dos caminhos que oferta: possibilita-nos a transparência, permite-nos experimentar quem somos, sem máscaras ou etiquetas.
Por que tememos ser nós mesmos ? É nos momentos em que nos entregamos à nossa essência e nos permitimos vivê-la que somos mais felizes ! No entanto, passamos a maior parte da existência lutando para ser o que não somos, carregando o pesado fardo de não aceitarmos nossas disparidades, inconsistências e discrepâncias. Compensa ?
Somos frágeis. E é importante sê-lo. É fator de equilíbrio, é vetor de crescimento.
Somos frágeis. E é belo saber sê-lo, com naturalidade, com dignidade. Entregar a si e aos outros nossas verdades é ato de humanidade... e de coragem. É nossa vulnerabilidade que nos impede de erguer muros intransponíveis que nos isolariam do mundo e nos fechariam em nós mesmos - uma característica que nos protege de construir relacionamentos e sociedades de pedra ou de gelo.
É maravilhoso conviver, dividir espaço com seres de verdade... que pulsam, vibram ! Sua presença ilumina e nos contamina... simplesmente por serem quem são: fracos e fortes, divididos e inteiros - verdadeiros !
Bommmmm dia !