Tantos são os lutos vividos
De mortes tantas,
Abstratas e concretas !...
Os vácuos, espaços vazios,
Ou densos, sem cor...
Os silêncios profundos !...
Tantos são os adeuses sem datas,
Os enterros sem terra,
Os seres sem vida
Em corpos andantes !...
Tantas as experiências às metades
Que nos acertam em cheio...
Ceifando capítulos,
Cortando corações,
Cerrando vivências ao meio !
Ah, tantas são as mortes
E possíveis ressurreições
De uma viva existência !...
Como o dia deita, escuro,
Para, outra vez, claro
A-cor-dar,
A-cor-dar,
Tudo tem seu tempo...
Sua hora, seu lugar.
Bommmmmmm dia !