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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Efemeridade 
Baseamos nossas vidas no concreto, no que podemos palpar, no que podemos ver, como se isso nos desse garantias, nos estabelecesse no espaço, nos colasse ao tempo, fincasse nossas bandeiras e nossos pés em terrenos estáveis. Mas somos volúveis, somos voláteis. Integralmente. Nós e tudo mais ao redor. Nada dura por mais que um instante de muitos ou poucos instantes menores.

Este momento jamais será vivido igualmente. Cada respiração é uma, cada sensação é única. O amor eterno tem duração limitada, o sabor de um beijo nunca se repete. A recordação não é o recordado. Nem o pensamento se repensa idêntico: perece... e resume-se em não mais que um pensar. Não sustentamos sequer nossa vontade, que também se transforma e, de repente, não é a mesma. O que é, agora, noutro agora não é mais. Nem a sombra, nem o suspiro, nem o susto. Nem o sorriso, nem a face, nem a emoção... nem a matéria. Nada é como foi. Nada dura mais do que pode durar.

Baseamos demasiadamente nossa existência, instantânea, em substantivos e adjetivos pontuais. Prendemo-nos demais a coisas transitórias e banais !


Bommmmm dia !