Vida e morte coexistem. Tememos a morte convivendo com ela, tomada em doses homeopáticas. Tememos a morte deixando a vida escapar... momento a momento.
Dissociamos corpo e mente, mantendo-os – a um mesmo tempo - em lugares diferentes. Enquanto o corpo repousa sobre a cadeira e o garfo adentra a boca, às refeições, a mente se distancia, desloca-se para lugares diversos, tempos distantes, à frente ou atrás. Deglutimos elementos sólidos... nos alimentando de ansiedade e de ilusões.
Estamos mas não estamos presentes ao presente: o agora raramente é o aqui, o aqui raramente é o agora. A atenção que nos manteria inteiros, conectando ser e estar num mesmo momento, num mesmo lugar, tira férias demais !
Tememos a morte morrendo um pouco a cada momento desatento.
O tempo passa ou passamos por ele ? A vida passa ou passamos por ela ?
Só o momento atento é vivido em sua plenitude: corpo, razão e emoção realmente juntos, num mesmo lugar. A atenção faz de nós uma unidade e nos mantêm coesos à realidade.
Quantas vezes, ao longo do dia, podemos dizer que estamos totalmente onde estamos, conscientes, plenos... realmente vivos ?
Muitas almas sem vida apenas recheiam corpos esperando partida.
Bommmmmm dia !