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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Visita certa
A morte é visita certa, sem data marcada. Evitamos pensar nela como se isso pudesse evitá-la.
Será possível prepararmo-nos para recebê-la com tranquilidade ? Talvez !
Mas e se ela chegar de surpresa, de repente, e a vida simplesmente apargar-se ?
Saber talvez nos permitisse ajustes de navegação.
Saber talvez nos permitisse ao menos fazer algumas coisas importantes... como dizer palavras de amor !
Mas sabemos, sim, que ela vem !...
E quantas oportunidades de pronunciá-las são perdidas !
Quanto melhor viveríamos se as coisas do coração não fossem esquecidas, ou omitidas, ou guardadas, ou escondidas ?!
Pensar em ir sem dizê-las talvez seja a grande dor !
Por que não fazê-lo, então, agora ?
Vergonha, receio ? Do quê ?
Por que se sempre somam, preenchem, alimentam ?!
Amar também é exercício. O exercício que nos mantêm vivos de verdade !
A proximidade da morte não deixa dúvidas sobre o que tem valor.
Ninguém, então, quer a companhia da casa de praia ou o acalento monetário. Ninguém busca conforto em objetos preciosos ou calor em títulos e ações.
Na hora de ir embora todos desejam o olhar, o beijo, o abraço, a mão na mão...
Na verdade desejam não ir... para não perder o olhar, o beijo, o abraço, a mão na mão !...

Pensar na morte talvez seja adiar menos. Não a morte, mas a realização.
Pensar na morte talvez ajude a tentar vencer as próprias barreiras... de modo a ser mais genuíno... e a viver melhor !

Viver deveria ser dizer todas as palavras de carinho, dar todos os abraços... e olhar nos olhos, com amor, todos os dias !...
E não ter medo de morrer deixando de ter dito, abraçado, beijado...
De ter estado vivo de verdade !



Bommmmmmmmm dia !