Geralmente não nos satisfazemos em ter parte de algo, queremos o todo, ter tudo. A lição de dividir, compartilhar é uma das mais difíceis de aprender, de incorporar. Pior quando envolve pessoas. Pior quando as entendemos como coisas, objeto de governo.
Apresentamos dificuldade em administrar o convívio sem sucumbir à tentação de domínio, sem tentar fazer dos parceiros uma parte de nós, menor. De algum modo buscamos colocá-los sob nosso julgo, de forma a serem parte de nossas vontades, nossa natural extensão: uma maneira de nos sentirmos fortes. Eis um alimento que não nutre, não sacia... mas vicia.
O controle parece nos fazer poderosos. Comando e posse confundem-se com sentimentos de superioridade e invulnerabilidade... irreais. Promovem conforto e satisfação momentâneos, que não se sustentam... e pedem mais !... E pedem sempre, e cobram, e asfixiam, e saturam. Acaba por faltar equilíbrio: falta respeito !
As relações de propriedade só existem à custa de alguém, em detrimento do outro. Não são envolvimentos naturais de doação e troca mas de cobrança e recriminação. E não serão diferentes se não entendermos que podemos ser um mais forte sendo dois unidos, sem anular alguém.
A partir do momento que compreendemos – e aceitamos - que ninguém nos pertence, quando percebemos que dividir não tira, mas acrescenta... é possível compor uma melhor equação. Lembrando que muitas vezes é preciso ceder para somar !...
Para sermos fortes não precisamos de um outro ser diminuído !
Posse não é poder !
O verdadeiro poder é apoderar-se de si... procurando crescer !... Bommmmmmm dia !