A VIDA OFERECE, DIA A DIA, NOVOS ARES, NOVAS CORES. CONTINUA SENDO ESCRITA COM POESIA em WWW.ESCREVENDOAVIDACOMPOESIA.BLOGSPOT.COM

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

My way...
Felicidade tem receita,
Prescrição ?

Soma variáveis...
Sendo equação:

Sonhos homeopáticos + realizações simples = feliz idade

Day by day,
I do it my way !...        


Bommmmmm dia !


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Abraço
Só quero abraço
Que envolva,
Prenda,
Atando em laço.

Ou o desfaço.

Porque não desejo pontas soltas.
E também não aceito nós.

Amarre justo
E amarre solto,
E amarre certo...
Em emoção.

Bommmmmm dia !


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mar de possibilidades
Viver é nadar
Em mar aberto...
A todas as possibilidades.
Braçada a braçada, ajustando curso,
Tentando descobrir...
Quando deixar-se levar,
Quando insistir.

No mar da vida,
Entre batalhas ganhas e ondas perdidas,
O nadador avança,
Recua,
Volta a avançar.
Se lança,
Sem certezas,
À correnteza
Do infinito...


Bommmmmmm dia !

domingo, 28 de agosto de 2011

sábado, 27 de agosto de 2011

Estados & Essências
Estamos corpos concretos, separados.
Somos almas unidas.

Estamos objetos, somos energia,
Estamos mentes, somos emoções,
Estamos aparências, somos consciência,
Estamos matéria, somos luz,
Estamos cabeças, somos corações
Partidos, querendo ser um só.
Só um, um único, maior.

Estamos parada, somos passagem,
Estamos pessoas, somos o divino,
Estamos metades, somos inteiros,
Estamos o feio, somos o bonito,
Estamos parte, somos todo,
Estamos limitados, somos o infinito.

Estamos muros, somos portão,
Estamos noite, somos dia,
Estamos inverno, somos verão,
Estamos terra, somos estrelas,
Estamos dúvidas, somos exclamação,
Estamos muitos, somos um.

Realidade ?
Pode ser... ilusão.


Bommmmm dia !

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Certa rebeldia
Rebele-se,
De quando em quando,
Contra a imposição e o comando.
Rebele-se contra o sistema,
Contra aquilo que não muda,
Contra aquilo que condena.
Acorde,
Com voz diferente,
Com gana de gente
Que quer ser feliz.
Transforme a vontade
Em ações producentes,
Plante sementes
Do que quer ver brotar.
Não lamente.
Fale, grite... esperneie.
Aja... silente.
O que a alma pede
O destino consente.
Faça, construa caminhos.
Alie-se ao tempo,
Não o permita inimigo.
Rebele-se
Contra a existência passiva
De só ver passar.
Lute por vida.
Já !


Bommmmmmm dia !

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Agridoce
Blindar-se,
Proteger-se
Contra as próprias emoções ?
Economia, desperdício
Ou insanidade ?

Sem sal, pimenta, mel...
Que existência insossa !

De-mentes os que cruzam olhares
E dobram a esquina.
Os que não apuram os paladares
Em coisas acessíveis, simples...
Pequeninas.

Como descobrir ?
Sem atrever-se ?

À mesa dos sentimentos
Loucura é abster-se de provar,
Temer tentar.

Tristeza não saber...
Por recear !...

Viver é aventura agridoce.


Bommmmm dia !

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Cumplicidade
Quando bocas não precisam falar
E olhos sabem dizer.
Quando no encontro do olhar
Sente-se, sabe-se...
Como, onde, porquê.


Bommmmm dia !


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Vapt-vupt
É verdade que a vida não se presta a ensaio e isso, mais que importante, é fundamental. Mas não estaríamos exagerando em impor a velocidade como uma constante ?!

Economizamos encontros, abreviamos conversas, encurtamos relacionamentos, reduzindo cada vez mais a profundidade das relações... a contatos instantâneos, até mesmo virtuais. Limitamos, já, em mensagens, até mesmo consoantes e vogais. Cedendo aos mandos da modernidade, vamos teclando rápido, abrindo mão do toque, da voz... do olhar.

Vivemos a modernidade do muito... pouco, colecionando contatos... breves... em base numérica elevada. Todos sabem de todos, ninguém conhece ninguém. O tempo, preso aos relógios, foge ao controle. Cada vez mais fluido, enxuto, resume relacionamentos, reduz as trocas, compacta emoções.

Acelerar é preciso. O jeito é correr mais depressa, atravessando lugares, condensando experiências, passando velozmente pelo aqui para alcançar logo um adiante. O corpo, presente, tem a cabeça distante. E o coração, ah, não deve sentir tanto assim ! Quem sabe depois... do objetivo concretizado, da meta atingida.

Ansiamos por prolongar a existência, abreviando a vida, vivendo resumos empobrecidos de nós. Buscando agregar acessórios, economizamos em essências.

Verdadeira miséria humana esta que, invisível, é vivenciada particularmente, em segredo... e não admite censo.


Bommmmmm dia !

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Saudade
O que é ?

Uma dorzinha no peito, um buraco, um aperto, sensação de solidão ?
Ausência, falta, carência ou só lembrança que ressoa ?
Por que, de repente, alguém, algum lugar, algum momento surge em nossa mente tomando todo o espaço ?

Uma palavra, um perfume, um objeto, uma canção...  arremetem-nos lonnnnge, ao imaginário... em viagem de ilusão. O corpo, matéria presente, separa-se do pensamento, distante... parecendo o ser mais ausente.
A saudade é real. Ninguém nunca viu, jamais tocou... mas é verdade universal.

Somos apresentados a várias saudades ao longo da existência. Umas têm passagem rápida, outras longa permanência. As reencontramos de repente. Dadas como perdidas, são achadas, recolhidas. Cuidadas, voam de novo da gente...

Há os que as cultivem como sentinelas, como companheiras - essas doem demais ! Também os que façam delas aperitivos eventuais... e os que se alimentam de saudade todo dia. Alguns tentam ignorá-la, outros ignoram-se para não senti-la.

Mas ela vem... a despeito da vontade !  Não escolhe hora oportuna, não pede licença. Simplesmente chega. Aporta no peito e ancora. Pode ter sido guardada, pode ter sido escondida, pode ter sido esquecida...
Retorna ! Passa por nós, visita-nos, mora conosco... por minutos, por dias, pela vida !...

É passageira, é andarilha e é sedentária. Pode aprisionar sem grades, é processo sem ação. É sentimento, emoção parente próxima do amor, filha do bem.
Flor delicada, é carinho, é espinho...  é como mãe, como pai... 

Difícil viver sem !


Bommmmm dia !

domingo, 21 de agosto de 2011

As pequenas GRANDES coisas
Quais as pequenas coisas que tornam a vida bela ?
Feche os olhos por um instante... e pense num momento de paz e alegria.Lembre de quando sentiu-se ao mesmo tempo excitado e tranquilo, estimulado e leve, animado e sereno, de bem consigo mesmo... e com o mundo. Você já deve ter estado assim muitas vezes... e mal percebeu. Muito provavelmente não tenha se dado conta de como esses momentos fazem diferença. Eles são sutis mas importantes, delicados mas relevantes.

As pequenas coisas são...
Flores coloridas nos canteiros, em meio a nosso universo pesado de concreto;
O cheiro da manteiga na pipoca, da uva no vinho, de sonho vindo da padaria, ou do bolo de chocolate da vizinha;
A textura da pele de seda sentida no afago, o rubor da face tímida ao calor do elogio;
A espuma branca translúcida do sabonete à hora do banho, o perfume que fica no ar;
O som do vento nas folhas quebrando silêncios, criando assovios;
As ondas que se formam, desmancham e reerguem, acariciando a areia;
O brilho da água no encontro com o sol, traçando raios de luz;
A visão divertida do cão se refastelando na terra ou brincando de brigar com o bicho de pelúcia;
O rosto alegre do menino pulando nas poças, espirrando água, correndo na chuva;
O misto de excitação e ansiedade da primeira tentativa;
O suspiro de alívio, as pernas trêmulas do encontro desejado, a exaustão do exercício proveitoso;
O sol, depois da tempestade, as estrelas no passeio da noite;
O ser amante de mãos dadas, crianças no colo, reencontro de amigos queridos;
A cama acolhendo o corpo cansado, o alimento saciando a fome, o doce lambuzando os lábios, leite fazendo bigode...

As pequenas coisas são todas as coisas... e são as grandes coisas quando vividas de verdade !


Bommmmmm dia !

sábado, 20 de agosto de 2011

Chuva Cinderela
O céu branco de cinzas
Que a noite vestia
Tirou o véu
E foi dormir, satisfeito,
O sono sonhado.

Ah, quisera ter guardado
A fragrância da cena,
Sua estréia...
Registrando a aparição da chuva
Cinderela,
Transformando o dia
Acinzentado
Em noite bela !...


Bommmmmmm dia !


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Bocas & corações
Bocas são atletas. Mexem-se o tempo todo. Por vezes demais.
E dizem coisas tantas pobres, tantas coisas tristes, tantas coisas banais !... Outras tantas impensadas, mal refletidas... teimando em manter-se fechadas aos tesouros do peito. São reticentes, são resistentes, são reservadas, são sovinas quando se trata do amor.

Exercitam-se, movem-se, gritam, sendo veículos incríveis na crítica, na contrariedade, na reclamação. Mas são parcimoniosas demais ao dar voz doce ao coração. Se falassem realmente do que carrega, o entendimento seria a regra, pois não há quem resista às argumentações sinceras dos sentimentos reais.

Bocas são portas de alimentos. Poderiam ser mais pontes de paixão. Não seria bom, em movimento inverso, sair pela boca, de dentro, o que consagra o peito ?! Tanto quanto a razão, deveria ele ter direito de expressar-se com verdade - na mágica linguagem do sentimento, da emoção.

Além das muitas futilidades naturais, derramamos pela boca o que o coração não suporta conter. Facilmente permitimos sair o que não podemos digerir, o que não aguentamos guardar. Que então escapa de qualquer forma - geralmente sem ponderações, sem medidas, sem pesar.

E se tentássemos treinar as mentes a conversar mais com nossos corações ?!
E se nossas bocas pudessem ser passagens mais de afeto que de frivolidades e aflições ?!


Bommmmmmm dia !

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O que queremos da vida ?
A resposta é sabida e ainda sim um mistério. Um mistério continuamente renovável. Todos ansiamos pelo mesmo bolo felicidade, cientes de seus ingredientes básicos – amor, saúde... paz. Mas acertar a mão é outra estória. A receita, se há, é secreta, ficando seu exercício a cargo de cada um.

O que existe, o que está agora, pode mudar a qualquer momento. Nós, os viventes aqui em questão, desabrochamos e murchamos, brotamos e fenecemos em ciclos de anos, semanas, instantes.

Somos movimento desejando parada, calmaria querendo ação, contraditórios e oscilantes entre a ânsia por surfar grandes ondas e observar a maré mansa. Assim, sempre um tanto descontentes - de modos diferentes - vivemos em conflito... com períodos de remissão.

Há um mecanismo interno propulsor que nos impele adiante, que pede andamento, empurrando-nos a procura do desconhecido. Há um sistema de freios que quer serenidade, reduzir velocidades, promover o desfrute tranquilo, contemplação.

Que seres são esses, estranhos e previsíveis, nos quais moramos e que mal conhecemos ? A pergunta acompanha nossa existência, sendo frequentemente ignorada exatamente para não perturbá-la... uma vez que não apresenta, definitivamente, uma resposta.

Ansiamos por verdade e precisamos de ilusão. Sonhamos com amor, perseguimos a paixão. Demandamos liberdade, autonomia, pedindo cumplicidade, romantismo... agindo com possessividade, divididos. Somos maduros inocentes, crianças em corpos grandes, adolescendo mentes e emoções... eternamente.

Vivemos aventura e tédio alternantes. Movimento e repouso são igualmente necessários. Excitação e placidez se complementam: contrapontos do equilíbrio.

Não temos todos os defeitos, tão pouco todas as qualidades. Não nos oferecemos tudo que de que sentimos carecer... e buscamos complementarmo-nos no outro, que muda também. E que também jamais terá um pacote pleno a oferecer... por todo tempo. Então vivemos procurando - ainda que não nos demos conta – alguém ou algo que nos permita parar de procurar.

Assim, a busca se faz, em fases... com encontros e partidas, acolhidas e adeus.
São viagens pessoais e coletivas, intermitentes para sempre.

Temos, teremos respostas ? Sim, até aportarem novas interrogações. 
Estamos, estaremos satisfeitos ? Sim, por momentos... de duração interrogável, duvidosa.

As certezas são do agora, que é novo a cada aqui.
Somos mutantes, inconstantes... enquanto vivos.

É aceitar... e seguir... mudando.
É aceitar... e seguir... somando.


Bommmmmmmm dia !

  

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Agenda  Só pra ser feliz...
Acordo cedo,
Antes do sol.
Levo a mim mesma
Pra passear...
Pra dentro,
Em silêncio,
Buscando luz,
Desconhecido
Particular.
Depois pra fora,
Com movimento...
Pernas e olhar.

Encontro Frank
E outros tantos.
Visito a lua,
Em pleno dia.
Aos rodopios,
Danço sem par.

E vou às letras
Na tela branca,
Papel impresso...
De prazer,
Pra ter sentido.

Apronto tudo e,
Pronta por dentro,
Aponto a porta,
Aporto ao mundo.

Bommmmm dia ! 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Letra, música & dança
Assim, nessas amostras de encanto,
Viajo, encontro...
Frações de mim.

Afinidades, desejos,
Fantasias...
Um pouco, talvez,
De quem não fui,
Muito de quem seria...
Não fosse
O possível de mim.

Voo...
Partindo dos sentidos,
Ancorando no sentir...
Que toma todo espaço.

A palavra filtra,
A música desata,
O movimento mostra...
E a gente deságua a essência:
Deixa-se saber quem é.


Bommmmmmmm dia


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Escavar... descobrir... lapidar
Somos seres complexos, de muitas camadas. Passamos, às vezes, tempo demais usando a mesma casca, sem nos despirmos, sem trocarmos de pele, sem identificarmos nossas porções subjacentes. Mas elas estão lá. O tempo se encarrega de trazê-las à tona, de evidenciar  cantos, soltar algumas pontas. Mas puxá-las, observá-las, vesti-las é tarefa de cada um.

Nosso cerne, nosso eu verdadeiro, é envolvido por tantas mantas protetoras, fica tão bem escondido, que passa despercebido até mesmo por nós. Quantos sobrevivem apenas em superfície, sem ver correr suas seivas, sem alimentar suas raízes ?! Muitos secam sem se saborear, sem se conhecer.

O mundo pede que sejamos superficiais, que realizemos, que nos façamos produtores, que estejamos gerentes... sem grandes escavações. Não há tempo a perder ! Desejam-se resultados, não considerações, assertivas coletivas, questionamentos pessoais.

Para atender às exigências sociais, políticas, econômicas, calam-se as vozes da alma, deixa-se de molho os corações. Diz-se que eles terão sua hora, terão lugar... “depois”. Terão ? A vida passa. O tempo pra esperar ?

Tantos são os prisioneiros soltos, não trancafiados... em cadeias invisíveis, de muros inconscientes, grades sem cadeados. Quantos, em prisões bonitas, estão atados a mundos de dúvidas, incertezas, ou ao futuro, ou ao passado ? Quantos não têm idéia de quem são, seguindo roteiros impostos, alheios ?

Tememos julgamentos, tememos nossas próprias descobertas... e nos deixamos limitar. Perdemos a liberdade de nos conhecer, assumir e amar.

Escavar e descobrir não precede o lapidar ?


Bommmmmm dia !

domingo, 14 de agosto de 2011

Conclusão
Nunca, jamais estaremos preparados.
Nunca tem fim a lição.
A morte nos pega de surpresa
Mesmo quando deixa aviso prévio.
O que somos frente a ela ?
Teoria, ah, teoria... não é sabedoria  !
O amor experimentado é diferente, assim como a dor.
O amor não tem limites, assim como a dor.
Mas como pode doer o amor ?
Dor de amor não sangra a carne, machuca alma.
À vista, a prazo, com juros e correções,
Em suaves
Ou árduas prestações...
Há sempre mais a aprender !


Bommmmm dia !

sábado, 13 de agosto de 2011

Compreensão & paciência
A compreensão é um exercício tão complexo e árduo quanto o exercício da paciência. Também, do mesmo modo, recompensador. São processos, não meramente atitudes. Demonstrações isoladas não nos outorgam muitos benefícios. Por requerem comprometimento e dedicação são pouco exercitados neste nosso mundo competitivo. As pessoas não têm muito tempo a “perder” com reflexões – práticas de evolução moral; nem estão muito propensas a conter-se.

Para que possamos alcançar algum desenvolvimento nessas áreas é preciso agregar as histórias dos outros à nossa história, indo além da superfície das relações. Deixar um pouco o universo das aparências e mergulhar nas particularidades de cada um. Essa percepção geralmente implica em colocar-se no outro lugar, tentar inserir-se mental e emocionalmente em seus contextos: vestir –lhe a pele, calçar-lhe os sapatos. Sem isso é muito difícil compreender !

E sem a compreensão como exercer a paciência ? A atitude mecânica, de mera contensão, é pouco eficiente, além de fugaz. Não é, pois, paciência real. Aquela “paciência” em que se conta até dez, precisando contar até vinte, desejando na verdade a explosão é apenas uma espécie de rolha, que busca, à força, reter a pressão. Esse mecanismo não renova, não revitaliza. Evita, sim, estragos de maiores proporções: relacionamentos geralmente agradecem. Mas não nos move muito adiante em termos de bem-estar. Transformamo-nos e evoluímos ao correr do pensar aliado à ação.
     
Quando atos são fruto de análise, considerações, ponderações prévias, apresenta-se aí a paciência, filha da mãe compreensão. Um fantástico eterno exercício... do bem !  


Bommmmm dia !