Cedendo ao apelo da escrita... num saguão de aeroporto... entre voos:
O movimento muda.
Todo burburinho é nada
Quando deslocada a atenção.
Olhos fechados...
E a ação altera eixos.
O corpo experimenta o que já vive...
Sem percepção.
O som se afasta, desaparece.
Ondas suaves percorrem sensores
De propriocepção.
O mundo de dentro
Acomoda o de fora.
Acolhe, recebe,
Em silêncio,
No sentir delicado, confortante.
A nave decola
E a serenidade pousa.
Encontra terreno...
E se instala.
O universo do pequeno
Expande.
Faz-se instante de leveza,
E, por um momento,
Plenitude,
Eternidade.
Bommmmmm dia !