Abaixo as convenções !
Passo a medir a vida não mais em unidades de tempo, prazos decorridos, espaços. Afinal, vida pode ser tudo, menos intervalo ! É recheio, ação, momentum. Energia, movimento... ainda que de pura contemplação. Opto por novos parâmetros.
Semanas, meses, anos, idade ? Tudo relativo !
O tempo, apesar de ferramenta oficial de contagem, controle, avaliação, é tão particular quanto meu umbigo. Transcorre diversamente de acordo com o sujeito da sentença e verbo da oração, ainda que sinalizado por ponteiros ou visor digital. Para, corre, anda ou voa dependendo da situação.
Declaro que, a partir de agora, a vida – ao menos a minha – é formalmente medida em sorrisos, abraços, amores... prazeres, realizações. Também são levados em conta os reveses, mas como unidades de peso menor, referência.
Por que não somar pequenas felicidades ao invés de viver correndo em busca de algo grande, sempre distante ?!
Sonho homeopaticamente... e me realizo um pouco a cada momento, plantando sementes aqui e acolá, uma a uma... sem ansiar por colheitas recordes. Coleciono toda sorte de diminutas alegrias. Comemoro cada pequena benesse, ainda que sem efusivas manifestações. Agradeço sempre: quando a mente pequena é visitada pelo coração, vencida pela alma, maior.
Enquanto o tempo passa pode-se viver ou não. Esse que a gente usa para marcar vivência, e insiste em contar, consome-nos mais que acrescenta. Policia, regula e constrange mais do que efetivamente ajuda a construir.
Escolho adicionar vida ao tempo ao invés de tempo à existência. O que penso, sinto e exercito não tem nada de relativo. O que penso, sinto e pratico é que preenche meu ser, mede minha vida... fazendo meu tempo.
Viver pode ser uma experiência muito intensa e interessante assim, saboreada de forma simples, no presente... de cada instante !
Bommmmm dia !