Aceitar
Quantas vezes nos deparamos com situações para as quais não encontramos justificativas ou com as quais nos debatemos, nos desgastamos sem progresso ?!
Alguns fatos não oferecem explicações ou não dão margens à negociação. Alguns diagnósticos nos são apresentados em embalagens lacradas, cercados de mecanismos ininteligíveis ou encaminhamentos no campo apenas das possibilidades. Algumas notícias nos chegam, de repente, inacreditáveis, caindo como bombas ou estourando como rojões.
Acostumados à lógica, à aritmética fácil do ver e palpar, tendemos a perder o equilíbrio diante do desconhecido ou surpreendente. Resistimos bradando ao vento, excomungando céus e mares... procurando respostas que não conseguem ser dadas, despendendo - em vão - energia preciosa.
Agitar-se não é nadar. É imprescindível concentrar energia em movimentos produtivos. Aceitar nossa impotência diante de algumas situações pode ser o único modo de ultrapassá-las: uma espécie de pré-requisito.
Fatos concretos não pedem a bravura da revolta mas a da aceitação, que também é uma atitude: ação inteligente, soberana e dirigente... de discernimento. Enxergar com lucidez é diferente de resignar-se. Aceitar que alguns fatos não podem ser alterados ajuda-nos a superá-los, poupando-nos de brigar em vão.
Aceitar que não é possível voltar atrás reforça que as possibilidades estão à frente... podendo representar a única abertura possível para a mudança.
Aceitar não é limitar-se, mas concentrar-se no efetivo, abrindo espaço para o possível acontecer.
Bommmmmm dia !